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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Mulheres são atitude na política brasileira


É difícil falarmos de uma questão, que supostamente, deveria estar mais do que solucionada, deveria ser inerente e tão natural como qualquer outro tema. Na verdade, não deveria ser uma questão a ser discutida, não na Pós Modernidade, afinal, o racismo é tão presente em alguns indivíduos como um câncer a padecer um enfermo.


Mas o assunto proposto é ainda mais limitado que o próprio racismo. Estamos nos referindo ao dilema da Mulher Negra na política brasileira. Obviamente que devido a todas as transformações de políticas públicas conseguidas com relação a população negra, essa temática não deveria ainda ser pautada, pelo menos não como uma questão de direito.
Dep. Federal do RJ Benedita da Silva e Dep. Federal de Guarulhos/SP Janete Pietá



A política brasileira tem uma defasagem nessa área. Segundo, (Caldwell, 2010), “para alcançar um melhor entendimento da diversidade das experiências das mulheres brasileiras, é preciso dar um maior enfoque para as “diferenças” raciais e para a relação entre raça e gênero.” Ou seja, estamos diante de uma problemática muito mais complexa do que simplesmente o racismo, é conjuntamente uma tacanha e desproporcional temática de gêneros, ainda tão presente na atualidade, mesmo tendo uma Presidente da República mulher.


Existem estudos e tentativas de análises dessas situações desde a década de 1970, com militantes como Fátima Oliveira, Edna Roland, Beatriz Nascimento, Sueli Carneiro, Thereza Santos, Luiza Bairros e Lélia Gonzalez, que sempre tentaram frisar o quão importante e necessária era problematizar e resolver essa disparidade na sociedade. Primeiro enxergamos o problema, o analisamos e damos uma solução, isso se pensarmos de forma lógica, e é o que se faz, contudo entre pensar e agir, existe um abismo de preconceitos à serem quebrados.


Hoje sabemos que apesar de todas as leis e penalidade existentes no Brasil, ser Mulher e Negra, ainda é uma tarefa árdua. Infelizmente, vivemos em um país em que acor e o gênero é que determinam algumas posições sociais. Entretanto, algumas dessas corajosas mulheres galgaram seus espaços na sociedade e continuam abrindo caminho para outras.


Mulheres como Benedita da Silva e Janete Pietá são exemplos de perseverança e coragem. Mulheres que passaram a fazer parte de um ambiente de dominância masculina para mudar e moldar a visão da sociedade. Com seus projetos que visam causas abrangentes e mais especificas.


A Deputada Benedita da Silva, por exemplo, ao ser nomeada coordenadora da frente dos recursos do fundo do pré-sal ressaltou uns dos objetivos com esse projeto, “Combate a miséria, para a ciência e tecnologia, para educação, para o meio ambiente, saúde e cultura, a criação dessa frente é para somar.” Além de medidas como estas, Benedita por ser ativista do movimento negro e feminista, está sempre relacionada a questões de mulheres negras na sociedade, sendo exemplo de sua própria causa.
Tendo como inspiração Benedita da Silva, dentre outras, é essencial ressaltar a relevância de mulheres determinadas, independente de cor, credo ou classe social, que são as minorias em ambientes de mudança e poder. Neste caso é dever dos meios de comunicação e dos profissionais que atuam nele de divulgar e conscientizar a sociedade a sua tamanha importância.

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