Este ano a Semana de Arte Moderna completou 90 anos. Desde seu início houve promessas de revolução. E isso ocorre nas exposições feitas em São Paulo durante toda a semana, nos principais museus da cidade com apresentações especiais.
Nomes hoje consagrados da arte no Brasil e no mundo estavam descontentes com o modo de ver a Arte pela sociedade. Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Anita Malfati, Heitor Villa Lobos, eram já muitos os insatisfeitos no começo do século XX.
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1º panfleto de divulgação |
Foi quando em 13, 15 e 17 de Fevereiro de 1922, o Teatro Municipal de São Paulo foi tomado por Literatura, Música e Artes Plásticas, algo até então inédito na história do Brasil, com o intuito de fazer escândalo e constituir de forma pública o movimento que já exisitia.
No início, muitos artistas foram vaiados, e muito do que foi apresentado rejeitado. Mas era justamente nessa rejeição que os artistas viam o sucesso e a abertura para novas ideias.
Ideias que hoje são reconhecidas como revolucionárias e que influenciam todo tipo de arte.
A Semana nesses 90 anos mudou e muito. Hoje são apresentações divididas em toda São Paulo nos principais museus e centros de exposições da cidade: Pinacoteca, Palácio dos Bandeirantes, MASP, entre outros.
Conversamos com a Historiadora da Arte, Maria Alice Millet, diretora da Fundação José e Paulina Nemirovsky, que trabalhou durante vinte anos no Museu de Arte de São Paulo, que nos conta sobre a influência do movimento na arte contemporânea.
Existe dificuldade em passar conhecimento histórico para a nova geração, competir com tanta distração não é uma tarefa fácil para aqueles que possuem esse dever. A professora de Artes na rede pública do Estado, Helena Mendes nos dá exemplo de como pode utilizar eventos com essa motivação a fim de despertar interesse nos alunos:
"Cada vez mais está difícil falar de artes na escola. Eu dou aula para alunos do Ensino Médio, e com essa onda tecnológica, de redes sociais e tudo mais, eles ficam muito dispersos e não percebem como é bonito apreciar uma obra, seus contornos e afins. A Semana contribui no meu cronograma com eles, pois pauta um mês de discussões e trabalhos em torno dela, de modo a fazer com que eles reflitam sobre as diferentes maneiras de ver e fazer arte. Muitos pensam que foto no Facebook é arte" cita Helena.
A Semana de XXII teve um objetivo que foi reconhecido muitos anos depois: o de colocar a arte em seus mais diversos modos de visão em paO que o povo acha da SAM?uta e evidência pela sociedade, acabando com a descriminação e deicando popular o expressionismo, pubismo, poesia, entre outros gêneros até então carregados de preconceitos.
Hoje, 90 depois falar de arte é falar de liberdade. É falar de modernidade. É falar de cultura. É falar de história. História que não pode e nem deve ser esquecida. A Semana de Arte Moderna é a maior prova de que ações audaciosas são capazes de alcançar seus objetivos se houver engajamento.
Well, adorei o blog =]
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